segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Atabaque na Umbanda



Recomenda-se não usar atabaques em todos os trabalhos que envolvam contacto mediúnico. A explicação tem vários angulos: Concentração é um dos pontos e o barulho ensurdecedor neste aspecto, não é condizente, com a calma, a busca de um estado mental e emocional para isso. Podendo causar bloqueios no aparelho. Num segundo momento, o atabaque induz com seu som, ao transe mediúnico, em determinados trabalhos, onde o cérebro trabalho como um captador frequencial, hipnóticas e rítmicas, alegam alguns especialistas que neste caso pode ser animismo do médium, o que causaria uma confusão, já que o imaginário entraria em questão, e condenam o uso de atabaques para um trabalho mais refinado e não primitivo que os sons dos tambores induzem a mente.
Existe um ritual correto no uso de atabaques que é desbloquear áreas do inconsciente, porém é na fase inicial, chamado de RITUAL DO TRANSE ANÍMICO, nestes rituais não existe INCORPORAÇÃO DE ENTIDADES.

Já segundo Fernando Sepe: Curimba é o nome que damos para o grupo responsável pelos toques e cantos sagrados dentro de um terreiro de Umbanda. São eles que percutem os atabaques (instrumentos sagrados de percussão), assim como conhecem cantos para as muitas “partes” de todo o ritual umbandista. Esses pontos cantados, junto dos toques de atabaque, são de suma importância no decorrer da gira e por isso devem ser bem fundamentados, esclarecidos e entendidos por todos nós.
Muitas são as funções que os pontos cantados têm. Primeiramente uma função ritualística, onde os pontos “marcam” todas as partes do ritual da casa. Assim temos pontos para a defumação, abertura das giras, bater cabeça, etc.
Temos também a função de ajudar na concentração dos médiuns. Os toques assim como os cantos envolvem a mente do médium, não a deixando desviar – se do propósito do trabalho espiritual. Além disso, a batida do atabaque induz o cérebro a emitir ondas cerebrais diferentes do padrão comum, facilitando o transe mediúnico. Esse processo também é muito utilizado nas culturas xamânicas do mundo afora.
Entrando na parte espiritual, os cantos, quando vibrados de coração, atuam diretamente nos chacras superiores, notavelmente o cardíaco, laríngeo e frontal, ativando – os naturalmente e melhorando a sintonia com a espiritualidade superior, assim como, os toques dos atabaques atuam nos chacras inferiores, criando condições ideais para a prática da mediunidade de incorporação.
As ondas energéticas – sonoras emitidas pela curimba, vão tomando todo o centro de Umbanda e vão dissolvendo formas – pensamento negativas, energias pesadas agregadas nas auras das pessoas, diluindo miasmas, larvas astrais, limpando e criando toda uma atmosfera psíquica com condições ideais para a realização das práticas espirituais. A curimba tranforma – se em um verdadeiro “pólo” irradiador de energia dentro do terreiro, potencializando ainda mais as vibrações dos Orixás.

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