Recomenda-se não usar atabaques em todos os trabalhos que envolvam contacto mediúnico. A explicação tem vários angulos: Concentração é um dos pontos e o barulho ensurdecedor neste aspecto, não é condizente, com a calma, a busca de um estado mental e emocional para isso. Podendo causar bloqueios no aparelho. Num segundo momento, o atabaque induz com seu som, ao transe mediúnico, em determinados trabalhos, onde o cérebro trabalho como um captador frequencial, hipnóticas e rítmicas, alegam alguns especialistas que neste caso pode ser animismo do médium, o que causaria uma confusão, já que o imaginário entraria em questão, e condenam o uso de atabaques para um trabalho mais refinado e não primitivo que os sons dos tambores induzem a mente.
Existe um ritual correto no uso de atabaques que é desbloquear áreas do inconsciente, porém é na fase inicial, chamado de RITUAL DO TRANSE ANÍMICO, nestes rituais não existe INCORPORAÇÃO DE ENTIDADES.
Já segundo Fernando Sepe: “Curimba é o nome que damos para o grupo responsável pelos toques e cantos sagrados dentro de um terreiro de Umbanda. São eles que percutem os atabaques (instrumentos sagrados de percussão), assim como conhecem cantos para as muitas “partes” de todo o ritual umbandista. Esses pontos cantados, junto dos toques de atabaque, são de suma importância no decorrer da gira e por isso devem ser bem fundamentados, esclarecidos e entendidos por todos nós.

Temos também a função de ajudar na concentração dos médiuns. Os toques assim como os cantos envolvem a mente do médium, não a deixando desviar – se do propósito do trabalho espiritual. Além disso, a batida do atabaque induz o cérebro a emitir ondas cerebrais diferentes do padrão comum, facilitando o transe mediúnico. Esse processo também é muito utilizado nas culturas xamânicas do mundo afora.
Entrando na parte espiritual, os cantos, quando vibrados de coração, atuam diretamente nos chacras superiores, notavelmente o cardíaco, laríngeo e frontal, ativando – os naturalmente e melhorando a sintonia com a espiritualidade superior, assim como, os toques dos atabaques atuam nos chacras inferiores, criando condições ideais para a prática da mediunidade de incorporação.
As ondas energéticas – sonoras emitidas pela curimba, vão tomando todo o centro de Umbanda e vão dissolvendo formas – pensamento negativas, energias pesadas agregadas nas auras das pessoas, diluindo miasmas, larvas astrais, limpando e criando toda uma atmosfera psíquica com condições ideais para a realização das práticas espirituais. A curimba tranforma – se em um verdadeiro “pólo” irradiador de energia dentro do terreiro, potencializando ainda mais as vibrações dos Orixás.”
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