quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Ponto de Pomba Gira: Um amor faz sofrer Dois amor faz chorar

Dói, dói, dói, dói, dói
Um amor faz sofrer
Dois amor faz chorar (2x)

No tempo em que ela tinha dinheiro
Os homens queriam lhe amar
Mas hoje o dinheiro acabo
A velhice chegou
Ela se põe a chorar
Dói, dói, dói

Dói, dói, dói, dói, dói
Uma amor faz sofrer
Dois amor faz chorar

Te dei amor, te dei carinho
Te dei uma rosa, tirei os espinhos (2x)

Estudo: Amuletos e Talismãs!



Amuleto é um objeto consagrado (geralmente uma pedra pequena e colorida, uma pedra preciosa ou parte de uma planta) magicamente carregado com poder para trazer amor ou boa sorte.
Os amuletos, como as rezas e os talismãs, também podem ser usados para estimular a saúde, impedir os perigos e proteger contra as influências negativas, como o olho-grande.
Os amuletos para o amor são usados pelos Bruxos como instrumentos mágicos para inspirar o amor e o romance, unir amores distanciados, atrair um cônjuge, evitar que um caso de amor se rompa e outras situações afins.

Quase tudo pode ser usado como amuleto:

uma pedra preciosa, uma figura religiosa, uma raiz, uma flor ou um osso. 

Podem ser levados na mão ou no bolso, usados como jóias, podem ser enterrados ou secretamente colocados em algum lugar dentro de casa, de um celeiro e até de um automóvel.
Podem ser comprados, achados ou feitos.
Podem também ser pintados ou receber inscrições de palavras mágicas ou de poder e/ou símbolos para atrair determinadas influências.
O uso de amuletos é universal em quase todas as culturas, sendo familiar aos europeus e americanos mais modernos sob a forma do pé de coelho para dar boa sorte, dos trevos de quatro folhas, das ferraduras, dos anéis com a pedra do signo e das moedas de boa sorte.

Outro tipo de amuleto é o patuá:

uma bolsinha de couro, seda ou algodão cheia de objetos mágicos, usada ou levada junto da pessoa para proteger ou para atrair determinadas coisas.

Um patuá com ervas mágicas, folhas, flores ou raízes é chamado de "patuá de ervas para o amor" ou "sachê de Bruxo".
Usados para a magia do amor são chamados de "patuás do amor" ou "mojos".
Na região sul dos Estados Unidos, são conhecidos como "hoodoo hans", "tricks" e "tricken bags".
Os nativos americanos chamam-nos de "medicine bundles" e na áfrica, recebem o nome de "gris-gris".
Talismã é um objeto feito a mão, de qualquer feitio ou material, carregado de propriedades mágicas para trazer boa sorte ou fertilidade e para repelir a negatividade.
Para carregar formalmente um talismã com poder é preciso primeiro gravá-lo e depois consagrá-lo.
Inscrever nele os signos solar, lunar, astrológico, a data do nascimento, nome rúnico ou outro símbolo mágico que o personalize e lhe empreste um propósito.
O mais famoso de todos os talismãs mágicos é o triângulo Abracadabra que, nos tempos antigos, se acreditava possuir o poder de afastar as doenças e curar a febre quando as suas letras eram arrumadas em forma de pirâmide invertida (figura sagrada e símbolo da trindade) num pedaço de pergaminho, usado em torno do pescoço, enrolado com linho por nove dias e nove noites e então atirado sobre o ombro esquerdo num regato que corresse para o leste.

(Diz-se que abracadabra é palavra cabalística derivada do nome "Abraxas", deidade gnóstica mística cujo nome significa "não me atinge".)

Na magia de Abramelin, talismãs mágicos poderosos, conhecidos como "quadrados mágicos", são feitos de filas de números ou letras do alfabeto arrumadas de modo que as palavras possam ser lidas vertical e horizontalmente como palíndromos, e o total dos números é o mesmo quando somados em ambas as direções.
Para que um quadrado mágico de números funcione apropriadamente, devem ser incluídos números consecutivos partindo do um até que o quadrado esteja completo e de acordo com as regras da numerologia, cada número só pode ser usado uma vez em cada quadrado.

A Roupa Branca

Por causa de Oxalá, a cor branca está associada ao candomblé e aos cultos afro-brasileiros em geral, e não importa qual o santo cultuado num terreiro, nem o Orixá de cabeça de cada filho de santo, é comum que se vistam de branco, prestando homenagem ao Pai de todos os Orixás e dos seres humanos.

Além disso, quando da manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, no momento em que expressou as diretrizes da nova religião, a Umbanda, ele sugeriu que todos os médiuns, sacerdotes ou pessoas que participassem das sessões vestissem roupas de cor branca.

A cor branca sempre foi usada desde os tempos remotos para simbolizar a paz e a fraternidade. Nas antigas ordens religiosas do Oriente, encontramos a cor branca como sinônimo de elevada sabedoria e alto grau de espiritualidade.

Os Magos Brancos da antiga Índia eram assim chamados por utilizarem sua magia sempre para o bem, e suas vestes sacerdotais eram sempre brancas. Também consideramos que a cor branca dá a sensação de limpeza, beleza, paz e harmonia, por isso, tantos profissionais a utilizam para representar sua ação, como a área médica e a de ensino. Há, ainda, uma razão científica para o uso dessa cor.

Segundo estudos e pesquisas elaborados pelo cientista Isaac Newton, descobriu-se que, quando a luz solar (branca) passa por um prisma de cristal, desdobra-se a cor matriz (branca) nas cores do arco-íris, provando assim que a cor branca contém dentro de si todas as demais cores.

Fonte: CASA DE CARIDADE LUZ ETERNA

domingo, 21 de outubro de 2012

Ponto Zé Pelintra: Mulher, mulher..

Mulher, mulher, não tenha medo do seu marido (2x)
Se ele é bom na faca, eu sou no Facão

Ele é bom na reza, eu na oração
Ele diz que sim, eu digo que não
Eu sou Zé Pelintra ele é lampião...

Exu Capa Preta



MUSIFIN  VULGO  EXU  DA  CAPA PRETA
Musifin ou Exu da Capa Preta, se trata de uma entidade que quando vida teve viveu com o titulo de Conde em uma época remota, mais antiga do que a própria antiguidade, algumas pesquisas relatam que pode ser encontrado parte da biografia desta entidade em uma antiga colônia, hoje denominada Pensilvânia.
Foi um Bruxo  com profundos conhecimentos sobre os mistérios da Magia negra, da Alquimia, da quimbanda e dos poderes dos feitiços praticados com os elementos através da magologia.
Conseguiu transpassar a barreira do tempo de sua própria existência através da prática da Magia e hoje incorpora em um médio para dar consultas e resolver problemas espirituais utilizando o seu conhecimento milenar, sua magia e seu poder de Exu.
Quem recorre a esta poderosa entidade, para solucionar os seus problemas, seja ele de ordem física ou espiritual, jamais vivera em vão.
Exú Capa Preta esta na hierarquia cabalística como Décimo sétimo comandado de exu calunga. Seu poder esta nas encruzilhadas e também no cemitérios, alem de realizar trabalhos dentro de seu circulo cabalístico nos terreiros de kimbanda nos quais ele predomina, tem como curiador o marafó e todas as bebidas destiladas. 
Recebe também oferendas de pade(Farofas), carne de porco, ejé, Pimenta e etc...
Ao realizar seus trabalhos se transforma num bruxo poderoso em volta da sua capa, fazendo evocações não à problemas que ele não possa solucionar.
SEJA BEM VINDO! AO REINO DE EXÚ CAPA PRETA (MUSIFIN)
ATENÇÃO: Esse Exú é chamado de faca de dois gume (Pratica o bem e o mal, conforme for solicitado), se você não tem um problema, não solicite seus serviços.

Lutas e Demandas


Qual será a maior demanda de um Ser humano?

Acaso alguém já se perguntou o quanto de energia vital se consome no ato de nascer?

Pois bem, viver neste mundo não é fácil. Enfrentamos obstáculos desde o momento de ser concebido no óvulo materno e provocamos a “dor” no ato de vir à Luz.

Lutamos para nos adaptar a nova realidade, experimentamos o ar, o solo e as cólicas.
Com o tempo começamos a caminhar e com isso, experimentar toda sorte de prazeres, todas as dores e sabores, crescemos, constituímos família, lutamos para sobre-viver, para criar os filhos, pela saúde, pelo amor, pelo trabalho, pela amizade, pelos sonhos.

Somos movidos por uma Força Maior, inexplicável, onipresente, onipotente, e também controlados por uma Força Oculta, arrastados por uma esteira de sentimentos e vontades que nutrimos no profundo do coração, e a qual pouquíssimos seres humanos se dão conta de que esta Força Oculta reside dentro de si, e que mesmo nutrindo-a com todo fervor, na certeza de que somos “livres para sonhar”, ainda assim, não sabem de onde partiu este sonho, esta vontade.

Eis que então uma porta se fecha diante de nós, e ante nossa incompreensão na trilha pela qual traçamos pela vida, surge um compadre, amigo, guardião e mestre, o qual nos traz as chaves para abrirmos as portas do templo interior. Aquelas portas que iluminarão a nossa passagem por este mundo, nos guiando pelo escuro do inconsciente, trazendo força, inspiração, idéias, soluções e coragem para enfrentar o desconhecido.
O Exu nos ensina que não existe demanda capaz de nos derrubar, senão aquelas que reconhecemos como verdade. Porém há aquelas demandas que adquirimos pela ignorância. Só pagamos por que erramos, e entre a culpa e a inocência, o homem é tão culpado quanto as demandas que ele enfrenta.

O filho desta terra também deveria ser menos hipócrita ao pensar que renunciando tudo o que aqui existe, irá se livrar dessa esteira maldita que o arrasta pelos becos da trilha. Seja de uma obsessão, seja de um sonho verdadeiro e límpido. A Lei Maior é para todos, vivos e mortos. Somos os responsáveis por tudo o que geramos. Co-criadores do nosso destino. Aqui e em qualquer lugar. E desde o primeiro “sopro de vida”, já nascemos provocando mudanças em tudo o que nos rodeia. Compromissos, horários, alegrias e tristezas, tudo muda no seio de uma família.

Viver aqui é lutar, aprender, crescer e evoluir. A face oculta da vida esta impressa no olhar do homem e da mulher que sonha. Seja de uma criança, seja de um velhinho esperançoso. Mas a Luz, esta só os atos a revelam.

É chegada a hora de assumirmos nossa responsabilidade pelos atos e por aquilo que provocamos. Toda a demanda é de acordo com a nossa capacidade. E atribuir a culpa ao diabo não nos livra da sentença.

O homem sábio é aquele que compreende estes princípios.
A felicidade é uma conquista, e o amor, ainda é o melhor caminho...

Rafael Silveira

Mensagem de Pai Cipriano

Pretos Velhos levam a força de Zambi a todos que buscam aprender a encontrar sua fé, sem julgar ou colocar pecado em ninguém, mostrando que somente o amor a Deus, ao próximo e a si mesmo, poderá mudar sua vida e seu processo de ciclos reencarnatórios, aliviando os sofrimentos cármicos e elevando o espírito. Assim fortalecem a todos espiritualmente, aliviando o peso do fardo de cada um, e cada um pode fazer com que seu sofrimento diminua ou aumente, de acordo com a forma de encarar os acontecimentos de sua vida: “Cada um colhe o que plantou. Se plantares vento, colherás tempestade. Mas, se entender que lutando poderá transformar seu sofrimento em alegria, verá que deve tomar consciência de seu passado, aprendendo com os erros, galgando o crescimento e a felicidade futura. Nunca seja egoísta, sempre passe aos outros aquilo que aprende. Tudo que receber de graça, deverá dar também de graça. Só na fé, no amor e na caridade, poderá encontrar seu caminho interior, a luz e Deus”

Compromisso com a Espiritualidade


Quem tem sua mediunidade comprovada e se nega a trabalhar mediunicamente, estaria ignorando um compromisso que assumiu na espiritualidade, antes de reencarnar?

Perda e suspensão da mediunidade
220. A faculdade mediúnica está sujeita a intermitências e a suspensões temporárias, quer para as manifestações físicas, quer para a escrita. Damos a seguir as respostas que obtivemos dos Espíritos a algumas perguntas feitas sobre este ponto:

Item 13
13ª Entretanto, médiuns há que manifestam repugnância ao uso de suas faculdades.
"São médiuns imperfeitos; desconhecem o valor da graça que lhes é concedida."

Item 14
14ª Se é uma missão, como se explica que não constitua privilégio dos homens de bem e que semelhante faculdade seja concedida a pessoas que nenhuma estima merecem e que dela podem abusar?
"A faculdade lhes é concedida, porque precisam dela para se melhorarem, para ficarem em condições de receber bons ensinamentos. Se não aproveitam da concessão, sofrerão as conseqüências. Jesus não pregava de preferência aos pecadores, dizendo ser preciso dar àquele que não tem?"

(Livro dos Médiuns – Allan Kardec)


Os dirigentes das instituições assistenciais ou educativas do Espaço têm
constatado como regra geral que poucos, muito poucos médiuns triunfam nas
tarefas e que a maioria fracassa lamentàvelmente, apesar do auxílio e da
assistência constantes que recebem dos planos invisíveis; e esclarecem
também que a causas gerais desses fracassos são: a ausência da noção de
responsabilidade própria e a falta de recordação dos compromissos assumidos
antes da reencarnação.

Ora, se o esquecimento do passado é uma contingência, porém
necessária, da vida encarnada de todos os homens, ela não é, todavia,
absoluta, mormente em relação aos médiuns, porque os protetores,
constantemente e com desvelada insistência, lhes fazem advertências nesse
sentido, relembrando seus deveres; muito antes que o momento do
testemunho chegue, já eles estão advertindo por mil modos, desenvolvendo no
médium em perspectiva, noções bem claras de sua responsabilidade pessoal e
funcional.

(Mediunidade - Edgard Armond)

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Adolescentes e Jovens na Umbanda!


   Eu tenho 16 anos e no meu terreiro a maioria dos médiuns e frequentadores  são jovens e com a maturidade espiritual enorme! Achei um texto MUITO interessante que trata desse assunto e resolvi postar:

É muito importante entendermos que as religiões precisam construir seu futuro e para isso, devem preparar os seus integrantes desde a infância para que ao chegarem à idade adulta possam dar continuidade aos preceitos e rituais com conhecimento e segurança. 

É fundamental que essa informação contenha noções básicas sobre moral, ética, cidadania, orientações para a vida, orientações da religião Umbanda em relação a sua história, tradição, rituais e fundamentos. Pois, é através dessa formação que são construídos os laços religiosos no coração e no espírito de seus adeptos que no futuro serão seus mantenedores.

A Umbanda é uma religião mediúnica! Mas, não devemos esquecer que existem mais de 100 modalidades de mediunidade, e dentre elas, a de incorporação que é a mais visível nos Terreiros, porém não é a única forma de expressão de nossa religião. Todos os integrantes de um Templo de Umbanda, desde a assistência até aos que trabalham na Gira, são Filhos de Fé. Cada um se equilibrando e harmonizando de acordo com sua missão mediúnica.

A Umbanda deve e tem que preocupar-se com o seu futuro. Não só pela sua missão de caridade e orientação ao próximo como também no sentido para que se formem pessoas melhores e esclarecidas que construirão o mundo do futuro de forma mais consciente e fraterna, consequentemente estará plantando a sua continuidade no nosso Planeta Azul. Esta atenção é um dos itens que fazem parte da responsabilidade da nossa Umbanda, isto é, irradiar a base dos ensinamentos do Mestre Jesus, nosso Médium Supremo, às novas gerações.

Devemos criar um determinado espaço e horário, seja semanal, quinzenal ou mensal para palestras, bate papos e aulas que informem sobre a vida, a religião Umbanda,  suas mensagens, moral, mediunidade, ética, como vivenciar a espiritualidade no dia a dia, assim formando o Homem cidadão e o Umbandista do amanhã.

É muito importante também que os instrutores que vão desempenhar tal tarefa se reciclem com informações, conhecimentos e amor. Se alegrem para receber esses espíritos jovens cheios de energia, disposição e curiosidade. É indispensável que os instrutores tenham disposição e humildade para ouvi-los e esclarecê-los, que falem a sua linguagem, os respeitem, compreendam e os enterneçam.

A Umbanda precisa criar em suas crianças e adolescentes o orgulho sadio e a alegria de pertencer a uma religião Fraterna e de terem o conhecimento suficiente para poder falar e explicar sobre a Umbanda quando estiverem e forem perguntados por seus familiares, amigos e colegas, seja na escola ou outros lugares de convivio social. As crianças e adolescentes Umbandistas sofrem muitas vezes discriminações e constrangimentos pelo fato de não saberem informar, explicar em uma conversa o que é a Umbanda. É também importante para eles que tenham conhecimento não somente da Umbanda como uma visão geral de outras religiões. Enaltecendo a saudável convivência com a diversidade, respeito e liberdade religiosa.

As crianças de nossos dias e os adolescentes são a geração do 3º Milênio. Espíritos que tem um enorme banco de dados de conhecimento acumulado e que estão nascendo numa Era de informações ultra dinâmicas, a globalização, onde o tempo se torna cada vez mais curto, e os pais cada vez menos presentes, devido principalmente, à busca da sobrevivência do dia a dia. Esse grupo de jovens necessitam e são permeáveis de uma base sólida, pois serão eles o futuro da Umbanda , do País e do Planeta.

Se os Umbandistas não perceberem que “quem sabe faz a hora! E a hora é essa!”, em relação a urgência e necessidade de informar e formar suas crianças e jovens, estarão então abrindo mão da sua responsabilidade para com o futuro e serão cobrados pelo que deixaram de fazer para essas novas gerações.

Umbandistas reflitam sobre o assunto! Socorrer, orientar, amparar, ouvir, aprender, ensinar e sedimentar o Bem, a Fé e o Amor nos corações das próximas gerações é tarefa de todos os Filhos de Fé.

Nossos jovens além de sentir! Precisam ver e ouvir! Através da irradiação do conhecimento a verdadeira face da Umbanda, uma religião conforme as orientações de seu fundador na materialidade o Caboclo das Sete Encruzilhadas, a Umbanda é antes de tudo, Ética! Caridade! Ecologia! Pois respeita a natureza, os animais, enfim, todos os seres vivos! Formando uma Rede de Fraternidade no Planeta Azul rumo à Nova Era no caminho ao Astral Superior.

Por que do Desenvolvimento Mediúnico?




A mediunidade é vista por muitos como um grande fantasma, algo que deve ser tratado e retirado da vida de uma pessoa já que ela é responsável por prováveis malefícios na sua vida. Já por outros é vista como um carma, algo pesado que se tem para carregar. Outros ainda consideram-na como um dom que nos torna muito especiais. Mas será que realmente ela é prejudicial, um fardo ou algo exclusivo?

Segundo ensinamentos espirituais, 30% das pessoas já nascem portadoras de faculdades mediúnicas plenamente desenvolvidas, sejam elas conquistadas noutras vidas ou no tempo em que estiveram no astral.

Isso acontece por a mediunidade ser uma das mais poderosas ferramentas para o desenvolvimento consciencial e espiritual do ser humano.

Independentemente da crença religiosa de cada um, é notório que quase todas (para não dizer todas) as filosofias espirituais e religiosas vieram por inspiração ou pelo ensinamento de seres espirituais considerados de alto grau ou luminosidade e que as mesmas serviram como regra ou padrão para um desenvolvimento equilibrado e natural da humanidade. Claro que temos que levar em conta a cultura local e a época em que foram passadas tais orientações.

A humanidade evoluiu e, conseqüentemente, as religiões e a espiritualidade como um todo, adaptando-se aos novos meios e aos novos tempos, sem nunca deixarem de ser o que são: vias de desenvolvimento humano.

Vimos também em relatos históricos que a queda de antigas civilizações se deu ao facto do afastamento progressivo da sua sociedade das condutas religiosas, espirituais e éticas propagadas pelas mesmas, pois estas serviam para manter uma estabilidade e um equilíbrio no seu meio.

Sabemos que alguns vão dizer que alguns conceitos ficaram ultrapassados e ilógicos. Vamos ter que concordar. Afinal de contas, tudo evolui. Mas também sabemos que alguns deles sempre estiveram, estão e estarão corretos por serem verdades irrefutáveis.

Não vamos aqui falar de conceitos religiosos verdadeiros ou falsos, mesmo porque cada religião e sociedade têm os seus próprios meios de os ver, interpretar e entender e não somos nós que iremos armar-nos em donos da verdade.

“É tolo aquele que deseja uma prova do que não pode perceber;
E é estúpido aquele que tenta fazê-lo acreditar.” 

William Blake

Mas quando nos afastamos de Deus e dos seus valores eternos e internos, passamos a criar desequilíbrios pessoais e interiores. Isso é um fato e se isso acontece em larga escala, com certeza criaremos também problemas sociais.

E o que isso tem a ver com mediunidade?
 Tudo – respondemos nós.

Acreditamos que muitos já devam ter ouvido falar de um “tal” de desequilíbrio mediúnico que leva tantas pessoas a sofrer. Mas será mesmo que a mediunidade se desequilibra?

De forma nenhuma – respondemos nós – pois a mediunidade é um sentido, uma capacidade natural do ser humano de se conectar com o invisível ou, se os mais cépticos preferirem, com o abstracto. Porém, se não fosse pela nossa condição mediúnica, inerente a todo o ser humano, não seríamos capazes de realizar uma única oração que fosse. Ou não é verdade que o acto de rezar é uma forma de se comunicar com planos espirituais ou invisíveis?

E sentido é algo que não se desequilibra, mas pode dar “defeito” ou ser mal utilizado, por exemplo: uma pessoa que só vê maldade em tudo, é a sua visão que está em desequilíbrio ou é um desequilíbrio da sua personalidade (maldosa)? Diferente de uma pessoa que passa a ter problemas de visão ou fica cega pois deixa de ver com nitidez ou mesmo de todo, certo?

Pois bem, por acreditar que quem desequilibra a sua condição mediúnica é o próprio médium, através dos seus próprios comportamentos psíquicos, emocionais e sociais (independentemente dos motivos que o levaram a isso), achamos que um reencontro desse mesmo médium com Deus, através de uma religião, é capaz de equilibrá-lo novamente. O ensino de Deus, das Suas divindades e dos valores morais ligados a Ele e a ela (religião), não só o ajuda na sua transformação interior como também no seu fortalecimento e equilíbrio enquanto indivíduo. A isso também chamamos de desenvolvimento mediúnico, pois o acto de desenvolver a mediunidade não pode ficar apenas no exercício e no treino mediúnico. É preciso antes ensinar, pois se não houver um entendimento da mesma não irá ter o resultado almejado, que é o bem-estar do indivíduo. Por isso é tão comum um médium ir um templo umbandista e escutar da entidade “ filho, o seu problema é mediunidade e você precisa desenvolvê-la para melhorar”, porque um desenvolvimento mediúnico bem orientado ajuda a desenvolver a consciência de que é preciso também uma transformação interior que o ligará novamente a Deus, Suas Divindades e Seus princípios Divinos que o fortalecerão e o equilibrarão.

Claro que sabemos que uma atividade mediúnica fora de controlo, seja numa criança, num jovem ou mesmo num adulto, torna o ser muito mais sensível aos problemas do meio, deixando-o triste e perturbado psicologicamente, desinteressado pela vida, criando vários bloqueios e problemas físicos, psíquicos, materiais, profissionais, sentimentais, etc., que precisam ser orientados e cuidados.

Por isso a Umbanda utiliza o recurso mediúnico de incorporação para o equilíbrio e fortalecimento interior dos seus médiuns que, através dos seus Guias, passam a fortalecer-se, a aprender e, com o tempo, através deles e das suas bases, orientar os consulentes que comparecem nas suas sessões religiosas ou giras em busca de força, saúde, equilíbrio e felicidade para as suas vidas.

Estudo sobre a Lua!

A Lua possui a energia feminina. Ela propicia equilíbrio, beleza, amor, proteção, intuição, sabedoria, juventude, força, sensualidade e favorece a realização dos sonhos.
Dia da Semana: Segunda-feira
Elemento: Água
Planta: Dama-da-noite
Pedra Preciosa: Pedra da lua e Pérola
Metal e cor: Prata


1 – Lua Nova
Sua energia é favorável para despertar o potencial latente, favorecendo os novos começos em todos os sentidos: negócios, empregos, amor e vida. É a fase do plantio para impulsionar a germinação. A fertilidade está no seu nível máximo. Também é favorável para conceber uma criança; fazer reformas ou começar uma obra; artes em geral; fazer cirurgias; contratar empregados domésticos ou não; começar novos estudos.

2 – Lua Emergente
É a entre fase da Lua Nova para o Quarto Crescente. Sua energia gera coragem para começarmos a ação para o nosso projeto. É o tempo para a manifestação para a semente que plantamos.

3 – Lua Quarto Crescente
A Lua luta para se manifestar em toda a sua plenitude. Tudo sob sua influência compete entre si. Os projetos iniciados na Lua Nova começam a ser energizados pela luz solar e se solidificam. É o momento propício para estruturar e tornar prático o que antes era apenas um sonho. É o momento favorável para: cortar cabelo quando se quer acelerar seu crescimento, embora ele nasça mais fino; apresentar projetos publicamente; engordar; exercitar-se fisicamente, pois há aumento de vigor; assinar papéis importantes; viajar, comunicar-se, escrever; começar trabalhar, mas com muita determinação; fazer acordos e parcerias comerciais. É a fase do crescimento da nossa semente, do nosso projeto, quando ele está criando forma, identidade e força.

4 – Lua Convexa
É a entre fase do Quarto Crescente para a Lua Cheia. Sua energia revela a verdade oculta nos obstáculos e acontecimentos que ocorrem nas transformações. É a fase do florescimento e dos detalhes para garantirmos a nossa colheita.

5 – Lua Cheia
É o ápice da irradiação do poder lunar à Terra. A energia e vibração da lua plena são fortíssimas, trazendo força psíquica, clarividência, favorecendo a prosperidade, a abundância e a plenitude em todos os sentidos. Ela se manifesta das formas mais estranhas: doentes mentais começam a andar durante o sono, feridas sangram mais que o normal, ervas colhidas têm mais força.Se os obstáculos surgidos na Lua Crescente foram enfrentados e se todas as etapas próprias do processo de crescimento foram cumpridas satisfatoriamente, essa fase será de realização, sucesso e triunfo merecidos. Caso contrário, a sensação desse momento, será de frustração, conflito e muita ansiedade.O humor e o estado de espírito também se encontram alterados. As reações emocionais se tornam muito mais intensas e podem se desequilibrar facilmente. Em compensação, a sensibilidade e o romantismo estarão no máximo de suas possibilidades. É o momento de encontrar um grande amor e equilíbrio para o futuro, afinal, o Sol e a Lua estão do mesmo tamanho visual no céu.
É também o momento favorável para: conseguir impressionar seus semelhantes; exercitar o magnetismo pessoal; sair e se divertir; acelerar o amadurecimento de frutas e legumes; colher ervas curativas; buscar prosperidade.

6 – Lua Disseminadora
É a entre fase da Lua Cheia para a Lua Minguante. Sua energia direciona e dispersa os instintos primitivos para fortalecer o nosso poder. É a hora da colheita, um momento propício para a avaliação e introspecção para a clareza dos resultados.

7 – Lua Quarto Minguante
Sua vibração e energia são poderosas para neutralizar, limpar e cortar todo o mal e tudo que possa ser nocivo em nossas vidas. É o balanço das recompensas, das descobertas, reaprendendo para o novo plantio, trabalhando com o desapego e sentindo a energia do morrer para renascer. É a época certa para dividir com outras pessoas o sucesso que foi alcançado durante a Lua Cheia (frutos aqui compartilhados se multiplicarão).
É também o momento favorável para: emagrecer e fazer dietas; feitiços de banimento e limpeza; desintoxicar-se com ervas; fazer reformas; cirurgias de pequeno porte; arrumar a casa; consertar roupas; cortar despesas; terminar relacionamentos; preparar conservas de frutas e legumes.

8 – Lua Balsâmica
É a entre fase do Quarto Minguante para a Lua Nova. Sua energia é regeneradora libertando-nos de tudo o que é falso, dissolvendo os nossos apegos e as nossas limitações, encaminhando-nos para novos caminhos. É a hora da renovação, da meditação, da purificação e da preparação para o novo ciclo.

9 - Lua Negra
Esta lua aparece todos os meses nas 3 primeiras noites da Lua Nova, quando ela é invisível no céu, dada a sua proximidade com o Sol. É um período para fazer feitiços de banimento ou neutralizador de feitiços a ti mandados. É preferível ficar em casa e não sair à noite, pois há muitas forças negativas agindo na Terra nessas noites.Sua conexão com vários mundos é muito forte, portanto todo o cuidado é pouco na hora dos rituais. Usamos velas pretas para afastar energias negativas, brancas para os novos começos e vermelhas para a força realizadora.

10 – Lua Azul da Abundância
É o nome dado à segunda Lua Cheia dentro do mesmo mês. Ela reforça a energia plena da Lua Cheia, trazendo muita força magnética e poder, dando maior intensidade a todos os rituais. É um momento de muita força e devemos usar elementos azuis para “puxar” a sua luz e a sua energia para nossa total evolução. Sua energia é ótima para o preparo de águas lunarizadas e todos os trabalhos que pedem energização lunar, sem contar os feitiços amorosos.

11 – Lua Rosa dos Desejos
São as Luas Cheias mais próximas dos Sabbats: 01/02 Lammas; 30/04 Samhain; 01/08 Imbolc; 31/10 Beltane (datas no hemisfério sul).Sua energia favorece a realização dos nossos sonhos. Diz a tradição que, se tivermos merecimento, o nosso pedido será realizado dentro de três Luas Cheias.

12 – Lua Violeta da Reflexão
É o nome da segunda Lua Nova dentro do mesmo mês. Sua energia é purificadora e ajuda-nos a encontrar nossa verdadeira essência espiritual.


AS LUAS E AS DEUSAS
AFRODITE – deusa grega da lua nova e crescente. Ligada ao amor, beleza e sedução.

ANUKET – deusa egípcia da lua crescente. Anuket era uma Deusa nutridora não só da terra, mas também do faraó. Foi retratada amamentando o jovem Ramsés II, transmitindo-lhe poder, saúde e muita alegria.

ÁRTEMIS – deusa grega da lua crescente (Diana para os romanos). deusa da caça e dos animais selvagens, especialmente os ursos. Ártemis era também a deusa do parto, da natureza e da colheita.

CIBELE – deusa grega da lua cheia. Cibele era a deusa dos mortos, da fertilidade, da vida selvagem, da agricultura e da Caçada Mística.

CIRCE – deusa grega da lua nova. Deusa de poções e poder, sobretudo o poder de vingar os aviltados.

EGERIA – deusa romana da lua cheia, ligada a leitura de oráculos.

FEBE - é a Deusa grega da lua cheia. Seu nome quer dizer "brilhante", nome que foi emprestado ao seu neto Apolo, chamado de Febo. Febe era uma antiga deusa da profecia e dividia o Oráculos de Delfos com Gaia (sua mãe) e com Têmis (sua irmã).

GESTINANNA – deusa suméria da lua cheia. Deve ser invocada sempre que tivermos um sonho e não soubermos interpretá-lo.

HÉCATE - Era a deusa grega da lua negra e das encruzilhadas. Também é uma deusa da feitiçaria e da magia negra. Também é a deusa da lua minguante, da noite e da magia, guardiã dos caminhos e senhora da sabedoria.

INANA – deusa suméria da lua crescente, Em época de mudanças, esta deusa sempre está presente e pode ser invocada.

ÍSIS – deusa egípcia da lua cheia. Ísis, antes de tudo, é provedora da vida. Ísis era invocada nas antigas escrituras como a senhora da cura, restauradora da vida e fonte de ervas curativas. ela era venerada como a senhora das palavras de poder, cujos encantamentos faziam desaparecer as doenças.

LUCINA – deusa romana da lua crescente. Ligada ao parto e menopausa.

MEDUSA – deusa grega da lua cheia. Ligada a proteção feminina, leitura de oráculos, artes mágicas e sedução.

MINERVA – deusa romana da lua nova. Ligada ao comércio, educação e justiça.

MORGANA – deusa celta da lua cheia. Ligada a saúde, leitura de oráculo, artes mágicas e sedução.

PERSÉFONE – deusa grega da lua minguante. Esposa de Hades e rainha do inferno

SELENE - deusa grega da lua cheia. Era a maior divindade do firmamento, quase tão importante quanto o Sol. Selene era o órgão visual da noite e a rainha do silêncio.

TELITA – deusa babilônica da lua crescente. Rainha da lua. Tudo o que for pedido a ela sob os raios da lua, será atendido.

domingo, 14 de outubro de 2012

Porquê Exu fuma e bebe?


A Umbanda, seus médiuns, os espíritos que nela trabalham e, em particular, os espíritos que trabalham na linha de Exu são alvos de muitas críticas devido ao uso da bebida alcoólica e do fumo durante alguns trabalhos.  Essas críticas baseiam-se no conhecimento, com o qual concordamos plenamente, de que o vício e a mediunidade responsável são incompatíveis.  Por isso, a Umbanda é comumente associada a espíritos ainda muito apegados à matéria e/ou a médiuns despreparados e de precária estrutura moral.
Cientes de que não é o nome ou forma de expressão de um espírito, e sim suas obras e mensagens, que nos dá um testemunho de sua elevação moral e, assim, cientes que espíritos de diversos níveis podem vir a trabalhar utilizando-se do nome “Exu”, é natural que façamos a seguinte pergunta: Como conciliar o uso de elementos materiais, como o fumo e a bebida, com um trabalho responsável em prol da caridade, realizado por um espírito de luz?  Em outras palavras, supondo-se que o espírito de um Exu pode ser, de fato, um espírito de alta elevação moral participando de um trabalho sério, por que Exu fuma e bebe?

Sabemos que cada grupo de trabalho, cada médium e cada espírito vivem em uma realidade própria e complexa; não podemos, assim, generalizar nenhuma resposta única para essas perguntas.  Podemos, no entanto, pôr em evidência possíveis razões pelas quais uma entidade de Umbanda, e em particular um Exu, pode se utilizar do fumo e da bebida durante os trabalhos. Essas razões, cabe esclarecer, não são necessariamente mutuamente exclusivas; ou seja, elas podem atuar, e muitas vezes o fazem, em conjunto.  A lista de possíveis razões que destacamos abaixo não tem a pretensão de abranger toda a complexidade do assunto mas, esperamos, tem o potencial de ajudar o leitor interessado a entender sua delicadeza e a perceber que há, de fato, uma possível compatibilidade entre essa forma de expressão de um espírito e um trabalho responsável, de propósitos elevados.

Nos caso em que o Exu é um “Exu-de-lei”, ou seja, um espírito de moral elevada, o uso do fumo e da bebida pode ser parte de uma necessidade específica do trabalho espiritual sendo realizado.  Essa necessidade pode ocorrer em vários níveis, nos quais encontramos as seguintes possibilidades:

 1. O Exu está participando de um trabalho no qual está lidando com espíritos ignorantes que usam dos vícios da matéria; a entidade usaria desses objetos para se apresentar de uma forma que facilite a sua comunicação com e/ou seu controle sob esses espíritos ignorantes;

2. É um trabalho que necessita dos elementos químicos encontrados no fumo e na bebida para a realização de trabalhos de magia, nos quais as matérias física e perispiritual são manipuladas e transformadas no ambiente;

 3. O fumo e a bebida fazem parte da caracterização da entidade e essa caracterização ajuda na comunicação entre a entidade e consulentes que, por exemplo, associam um preto-velho que fuma cachimbo ou um Exu que bebe bebida alcoólica como legítimos e, portanto, dignos de confiança e respeito.  Muitas vezes, mesmo pessoas cultas podem levantar dúvidas quanto à legitimidade da comunicação mediúnica quando ela não involve o uso desses instrumentos de caracterização da entidade (nos quais se incluem, também, a mudança de voz ou de postura física do médium, embora esses elementos tenham suas devidas funções, como se explicará melhor em outra oportunidade).  Essa caracterização de Exu, por sua vez, é fundamentada em processos culturais desenvolvidos desde os tempos antigos e presentes no surgimento da Umbanda; basicamente, o espírito de um Exu, desde então, é caracterizado, confundido e comparado com o “diabo” apresentado pelo catolicismo nos tempos da senzala;

4. É um trabalho que visa despertar encarnados e desencarnados ao fato de que o fenômeno mediúnico realmente existe; nesse caso, os espíritos bebem e fumam muito e o médium, após a incorporação, não apresenta resquícios dessas substâncias, nem de seus efeitos, no organismo;

5. O uso do fumo e da bebida, bem como de vestimentas e outros utensílios, facilitam que o médium iniciante assimile a personalidade da entidade comunicante; são, esses elementos, instrumentos usados pela entidade para que o médium permita que a entidade se expresse sem maior influência da personalidade do médium, já que esse se torna mais flexível a uma realidade psíquica estranha à sua.  Naturalmente, essa possibilidade se aplica com mais eficiência nos casos nos quais o médium não se utiliza do fumo e da bebida quando não está incorporado;

6. O uso do fumo e da bebida por uma entidade faz parte de um resquício da maneira de trabalhar do médium, que já vem trabalhando dessa forma há várias reencarnações; faz parte da “cultura mediúnica” do médium: assim ele aprendeu, assim continua a trabalhar;

7. O uso do fumo e da bebida é um resquício da maneira de trabalhar da entidade, que já vem trabalhando dessa forma há muitos anos; faz parte da “cultura mediúnica” da entidade: assim ela aprendeu, assim continua a trabalhar. Nesse caso, no entanto, não há o vício da entidade, pois ela aprendeu a transformar e usar a matéria (na forma de fogo, fumaça, álcool, etc.), desassociando energias negativas para trabalhos de caridade;

8. O fumo e a bebida são manipulados e utilizados pela entidade para reposição energética no médium;

9. O médium gosta de beber e de fumar e, consciente ou inconscientemente, tem a necessidade de fazê-lo. Aí, através do fenômeno mediúnico, ele influencia inconscientemente a forma na qual a entidade se expressa, submetendo-a a se utilizar do fumo e/ou da bebida para satisfazer a necessidade orgânica do médium, que, por sua vez, acha que a entidade é quem necessita/gosta da bebida e/ou do fumo.  Essa interferência mediúnica ocorre da mesma forma no vocabulário, falhas morais, etc, sem impedir, necessariamente, que uma entidade de luz se comunique e trabalhe na caridade, embora essa comunicação sofra a interferência negativa do médium;

10. Em uma variação da possibilidade descrita acima, também é possível que o médium está em um processo de resgate cármico, e passa a usar, dessa vez para propósitos de caridade, elementos que, em outras vidas, ele utilizou para sustentar vícios;

11. O uso do fumo e da bebida podem ser parte de um acordo entre o médium e as entidades que trabalham com ele, o qual foi feito antes mesmo da encarnação do médium e se relaciona às necessidades de crescimento espiritual específicas do médium e/ou de seu grupo de trabalho. Nesse caso, o médium e/ou as entidades assumem o compromisso de trabalhar com esses elementos durante toda a encarnação do médium ou somente por parte dela, por uma ou algumas das razões expostas acima.  Essa possibilidade explica em parte a variedade de formas nas quais se vê Exu trabalhar (ou “ser cuidado”) em diferentes casas de Umbanda.

Finalmente, nos casos em que o Exu é um exu-quiumba, o que temos é um espírito ainda preso aos vícios da matéria que se utiliza de um médium despreparado para a extração de fluidos que saciem seu vício momentaneamente. Em certos casos, além de saciar o vício, esses espíritos podem se utilizar da energia contida nessas substâncias e no médium para a realização de trabalhos de transformação e manipulação da matéria para influenciar encarnados ou desencarnados.

Relatamos acima algumas possíveis razões pelas quais podemos ver um espírito na forma de um Exu fumando e/ou bebendo durante trabalhos mediúnicos. Feito isso, fica clara a importância de se lembrar da necessidade que tem o médium de buscar e desenvolver a sua responsabilidade e disciplina perante o mediunato.  Nos casos nos quais o uso de tais substâncias não fazem parte do programação superior para a encarnação do médium e/ou não são componentes de um processo natural do desenvolvimento da mediunidade, os descuidos do médium o levam a utilizar desses vícios durante a comunicação mediúnica, o que é muito prejudicial à entidade comunicante e ao próprio médium. Somente o equilíbrio e a segurança possibilitarão que o médium exerça as suas faculdades sem os desequilíbrios mencionados acima.

Infelizmente, pela falta de consciência de que cada médium processa sua mediunidade de uma maneira diferente do outro, por ser um indivíduo com características próprias, muitos médiuns são levados a uma conduta perante a mediunidade que simplesmente espelha a realidade de outro médium. É essencial que se entenda que é dentro do coração e da mente de cada médium que a entidade comunicante encontrará todos os requisitos necessários para o desenvolvimento de um trabalho baseado na realidade do mediador, que segue o programa natural para o seu desenvolvimento espiritual bem como o do grupo que o cerca.

Conclui-se, assim, que, de forma geral, nenhuma entidade de luz no trabalho da Umbanda necessita do fumo e da bebida no plano físico, através do médium. Isso se dá porque as entidades podem se utilizar de outros elementos equivalentes ou podem criar esses elementos espiritualmente, na maioria dos casos nos quais eles realmente fazem parte do trabalho da entidade.  No entanto, fica claro também que uma entidade iluminada pode se servir de tais objetos na prática do ritual conforme a necessidade do médium, do grupo, e do trabalho específico.  Além disso, concluí-se também que essas necessidades podem ser compatíveis com um trabalho de caridade sério e responsável.

Ogã e a Mediunidade!


Ser Ogã é muito mais do que ser aquela pessoa no fundo do Terreiro, tocando pontos para as entidades, médiuns e assistentes.

Ser Ogã é participar de forma efetiva e consciente nos trabalhos.

Isso exige conhecimento, concentração, responsabilidade e mediunidade. O Ogã é o médium responsável pelo canto, pelo toque, pela sustentação e equilíbrio harmônico dos rituais.

Diferente do que muita gente pensa, um Ogã pode incorporar, porém, a sua mediunidade manifesta-se normalmente, de forma diferente do restante do corpo mediúnico. Manifesta, principalmente, através da intuição, das suas mãos, braços e cordas vocais onde os Guias responsáveis pelo toque e pelos cantos imantam os seus médiuns Ogãs.

Esses mestres da música atuam ativamente, mas de forma pouco perceptível à grande maioria dentro do ritual de Umbanda e, muitas vezes, são pouco lembrados.

Os atabaques, quando devidamente consagrados e ativados pelos Ogãs, são verdadeiros instrumentos de auxílio espiritual, pois são capazes de canalizar, concentrar e irradiar energias que tanto podem ser movimentadas pelo próprio Ogã como pelas entidades de trabalho para os mais diversos fins.

Salve a Coroa dos Ogãs.